quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Uma dura competição

A Nokia é hoje a maior fabricante de celulares do mundo, mas para se manter nessa posição ela precisa enfrentar um novo desafio: concorrer com as campeãs em inovação Apple e Google, agora também no mercado de celulares. Elas começam a investir fortemente nesse segmento motivadas por uma mudança: em apenas 15% das vezes as pessoas recorrem ao celular por sua função básica, a de telefonar. No restante do tempo, ficam às voltas com os demais serviços que ele oferece. Na briga por esse novo tipo de cliente, Apple e Google têm uma vantagem: são as mais inovadoras do planeta.
No entanto, dois pontos decisivos ajudam a explicar a liderança da Nokia: o primeiro é a sua logística que abrange 350.000 mil pontos-de-venda em 150 países; o segundo é a grande diversidade de aparelhos, "o portfólio é um forte diferencial da Nokia para as operadoras porque são elas que vendem 80% dos aparelhos", diz o especialista Eduardo Tude.
A Nokia sente hoje os efeitos da nova concorrência – e da crise financeira. O balanço apontou queda de 30% no lucro dos últimos três meses, em comparação com 2007. As ações despencaram 4% no mês de outubro. A Nokia tem, no entanto, um diferencial para enfrentar a crise: é a empresa que mais fabrica aparelhos de baixo custo. Em outra ponta, aposta em celulares de alto padrão e desempenho. Isso obriga os laboratórios a produzir mais novidades. Diz o vice-presidente da Nokia Kai Öistämö: “Apostamos tudo nos nossos Ph.D.s”.

Confira o texto na íntegra em:
Negócios – Marcos Todeschinni e Renata Betti – Veja, 29 de outubro de 2008.

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