segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O etanol virou problema

Por Denise Carvalho
Revista EXAME "Os produtores brasileiros de açúcar e álcool viveram uma espécie de montanha-russa nos últimos anos. Até o fim da década de 90, o setor era visto como um fiel retrato do Brasil arcaico - aquele que não respeita leis trabalhistas e vive à custa de benesses estatais. De repente, a montanha-russa começou a subir. O etanol entrou na moda no mundo todo e o setor saiu do atraso para a vanguarda do capitalismo, em sua busca por combustíveis renováveis para substituir o poluidor e finito petróleo. Grandes grupos brasileiros se capitalizaram na bolsa de valores. Investidores internacionais desembarcaram aos montes anunciando a compra e a construção de novas usinas. Entre eles estavam fundos especializados em tecnologia do Vale do Silício e o investidor George Soros. Os investimentos em novas unidades cresceram de 2,2 bilhões de reais na safra 2005/2006 para 7,2 bilhões de reais na safra 2008/2009. A expectativa era que esse número seguisse em sua trajetória ascendente nos anos seguintes. Mas a crise financeira mundial chegou, atingindo em cheio os produtores de álcool brasileiros - e a montanha-russa do setor inicia agora o que muitos temem ser uma vertiginosa descida. "
Um dos principais impactos causados pela crise neste setor é a falta de crédito, pois o dinheiro disponível para a construção e ampliação das usinas não existe mais, se os projetos que existiam antes da crise se tornassem realidade iria se criar uma fila de espera até 2015.
Além da falta de crédito, há também prejuízos acumulados, custos altos, ameaças de falência e de calotes, num setor que estava sendo o mais badalado da economia brasileira e mundial.
Mas mesmo o etanol sofrendo os efeitos da crise é considerado um produto extremamente competitivo no mercado mundial.

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